Quem Pode Insituir as Ordenanças? - por William Binnie

Quem pode instituir as ordenanças? Foto por Nico Smit (unsplash.com)

Será observado que todas as instituições anteriormente enumeradas têm isso em comum: que elas se baseiam em uma garantia expressa pelas Santas Escrituras. A nossa razão para observá-las – e esperar que o Espírito Santo nos comunique os benefícios da redenção por meio delas – não é porque aparentam terem sido sabiamente elaboradas e ajustadas[1] para serem úteis, nem porque são antigas tradições da Igreja, as quais foram confirmadas por um favorável testemunho do povo de Cristo. Considerações como estas têm o seu valor, estabelecem uma presunção mais ou menos poderosa em favor de qualquer costume, em nome do qual podem ser verdadeiramente alegados. Mas uma presunção não é o suficiente neste assunto. Precisamos de uma garantia divina, e uma garantia divina não pode ser estabelecida, senão sobre a base da Palavra escrita de Deus. Este princípio é de uma importância tão grande e abrangente, que demanda uma consideração cuidadosa, antes de começarmos a tratar das ordenanças separadamente. 


A incompetência da legislação humana nesta matéria foi abordada no capítulo anterior, na qual nos foi apresentada como uma inferência da doutrina da liderança única de Cristo. Desde que Cristo é o único cabeça da Igreja, Sua Palavra é o seu único estatuto, e nenhuma ordenança religiosa deve demandar obediência por motivo de consciência a menos que seja sustentada pela autoridade da Palavra. Esperamos ser capazes de provar que uma garantia positiva[2] das Santas Escrituras podem ser aduzidas para cada uma das ordenanças que propomos examinar. É sobre esta única base que mantemos as nossas consciências submetidas a observarem-nas. A importância deste princípio surge nos preceitos[3] que são inculcados no Decálogo. Se o primeiro mandamento nos proíbe de prestar culto a qualquer criatura, o segundo nos proíbe de oferecer a nossa adoração sob qualquer maneira não prescrita por Deus em sua Palavra. Em matéria de culto, não devemos produzir as nossas instituições, mas conservar as que Deus fez. Nem deve ser negligenciada a advertência que está em conexão com o segundo mandamento, na qual o Senhor nos adverte de que é um Deus zeloso. Sempre tem havido uma estranha relutância em observar as ordenanças que Deus instituiu, uma estranha paixão por inventar novas ordenanças, ou então enfeitar a simplicidade das instituições de Deus com ornamentos meretriciosos, a fim de torná-los mais horríveis ou mais aceitáveis. A história da igreja de Roma é particularmente cheia de exemplos desse tipo de desobediência. O chamado sacramento da penitência é um exemplo de invenção de uma nova ordenança, pois não há qualquer traço disso nas Escrituras. Quanto ao erro de corromper uma ordenança divinamente instituída, há o exemplo assombroso da eucaristia romana.[4] Eles afirmam ser essa eucaristia a própria ordenança instituída pelo Senhor Jesus no cenáculo, antes do Seu sofrimento; mas é impossível imaginar qualquer coisa diferente de uma simples ceia. Além de ser mutilado pela recusa em oferecer o cálice ao povo, o serviço da Santa Ceia tem sido tão modificado por alterações e adições de todos os tipos, que um espectador pode recebê-lo do início ao fim, com uma observação acurada, e não conseguir rememorar a ceia e a mesa do Senhor original.[5] Esses são exemplos extremos, contudo merecem estar na memória, para que nos sejam evidências do quão necessário é se guardar contra a intromissão da autoridade e da sofisticação humana nesta matéria, e para lançar à luz a razão do zelo divino expresso no segundo mandamento.


A consistência e a firmeza com a qual os pais das Igrejas Reformadas insistiram na necessidade da autorização divina para a instituição das ordenanças religiosas, rejeitando aquelas que para eles aparentavam carecer dessa autorização, imprimiu no sistema de culto dessas igrejas a sua característica distintiva, evidenciando um contraste marcante, não apenas com o sistema das Igrejas Gregas e Romanas, mas também com a das Igrejas Luteranas e Anglicanas. Deve ser admitido que, para aqueles que estão acostumados a adotar ou reter livremente ritos não-bíblicos, o efeito que isso causou foi fazer o culto das Igrejas Reformadas parecerem áridas. Por outro lado, esse sistema estrito tem vantagens inestimáveis de contrabalanceamento. É a única barreira que efetivamente previne uma apostasia da pureza do culto evangélico, como o que tem tomado lugar nas Igrejas Gregas e Romanas. Que é bem melhor, árido como pode parecer, esse sistema realmente ministra um conforto inexplicável àqueles que buscam a Deus de forma sincera e prudente. Pois qual é, afinal de contas, a nossa garantia ao esperarmos que, quando buscamos a Deus, Ele será achado por nós e nos abençoará? Em condições normais,[6] é certamente racional pensar que o adorador que toma a Palavra de Deus como seu diretório de culto tem mais possibilidade de encontrar aceitação. A promessa sobre a qual a nossa fé deve descansar neste assunto está gravada nestes termos: “em todo o lugar, onde eu fizer celebrar a memória do meu nome, virei a ti e te abençoarei.” (Ex 20.24, ACF). Dois pontos relacionados às ordenanças são aqui sinalizados. Em primeiro lugar, elas são memoriais de Deus. Na pregação, nos sacramentos, na oração, no Dia do Senhor, o nome do Senhor é recordado. Isso quer dizer que o propósito para o qual foram instituídas é manter Deus e a Sua vontade revelada em contínua rememoração. Em segundo lugar, o próprio Deus os criou e os instituiu para esse fim. Seria fácil para uma pessoa engenhosa adicionar centenas de outras observâncias religiosas que poderiam servir de memoriais do nome divino. Mas Deus não nos encorajou a exercitar a nossa engenhosidade para isso. Ele não nos deu uma promessa de que Ele nos encontraria e nos abençoaria por meio da observância de ordenanças que nós mesmos criamos. As ordenanças que Ele prometeu aceitar são aquelas nas quais Ele mesmo recorda o Seu nome.


Sendo assim, segue-se que nosso conforto é tão importante[7] quanto a glória de Cristo ao observarmos diligentemente as Suas instituições nesta matéria. Se um soldado, tendo uma petição para apresentar ao seu general, toma liberdade, não apenas para pedir uma audiência, mas também para marcar o dia e o lugar, talvez o general concorde, mas é provável de que ele não vai dar atenção a isso. Se, pelo contrário, o pedido é feito pelo general, é certo de que deve ser cumprido. Da mesma maneira, se a igreja, desejando ser ouvida por Deus, resolve buscá-lo por meio de ordenanças que ela mesma criou, possivelmente Ele poderá ser encontrado, pois Suas misericórdias compassivas são muito grandes. Mas se a igreja for cuidadosa em inquirir quais instituições o próprio Deus criou, e buscá-lo em conformidade com elas, a igreja tem mais do que uma possibilidade de fundamentar as suas esperanças. Suas ordenanças são o Seu ponto de encontro. Ele firmemente prometeu que vai se encontrar com aqueles que recorrem a Suas ordenanças, a fim de encontrá-lo, e Ele vai manter a Sua Palavra.


Observação: Da incompetência da legislação humana em matéria de ordenanças religiosas. Os princípios bíblicos aplicáveis a esse assunto estão estabelecidos nas seguintes passagens da Confissão de Fé de Westminster:


Capítulo 21, seção 1: “A luz da natureza mostra que há um Deus que tem domínio e soberania sobre tudo, que é bom e faz bem a todos, e que, portanto, deve ser temido, amado, louvado, invocado, crido e servido de todo o coração, de toda a alma e de toda a força; mas o modo aceitável de adorar o verdadeiro Deus é instituído por ele mesmo e tão limitado pela sua vontade revelada, que não deve ser adorado segundo as imaginações e invenções dos homens ou sugestões de Satanás nem sob qualquer representação visível ou de qualquer outro modo não prescrito nas Santas Escrituras.”


Capítulo 20, seção 2: “Só Deus é senhor da consciência, e ele deixou livre das doutrinas e mandamentos humanos que em qualquer coisa, sejam contrários à sua palavra ou que, em matéria de fé ou de culto estejam fora dela. Assim crer tais doutrinas ou obedecer a tais mandamentos como coisa de consciência é trair a verdadeira liberdade de consciência; e requerer para elas fé implícita e obediência cega e absoluta é destruir a liberdade de consciência e a mesma razão.”


Capítulo 1, seção 6: “Só Deus é senhor da consciência, e ele deixou livre das doutrinas e mandamentos humanos que em qualquer coisa, sejam contrários à sua palavra ou que, em matéria de fé ou de culto estejam fora dela. Assim crer tais doutrinas ou obedecer a tais mandamentos como coisa de consciência é trair a verdadeira liberdade de consciência; e requerer para elas fé implícita e obediência cega e absoluta é destruir a liberdade de consciência e a mesma razão.”


Estes posicionamentos envolvem três argumentos relacionados ao presente assunto:


1. Deus tem zelosamente reservado a Si mesmo o direito de instituir as ordenanças que devem ser observadas em Sua casa. A instituição de ordenanças pertence à prerrogativa de Cristo como o Rei de Sião, e o Seu direito exclusivo deve ser reverentemente guardado. Quando o homem presume adicionar novas ordenanças àquelas que têm sido nomeadas na Palavra de Deus, essas novidades devem ser rejeitadas. Render sujeição, por razão de consciência, às instituições humanas no culto divino pode evidenciar humildade e devoção, mas envolve deslealdade a Cristo. Esta doutrina, sustentada por todas as igrejas protestantes, distingue-as da igreja de Roma, que, por atribuir à tradição a mesma autoridade das Santas Escrituras, nega a Cristo o poder exclusivo de legislar sobre a Sua própria casa.


2. A regra, que tão zelosamente proíbe a legislação humana sobre a instituição de ordenanças, é igualmente aplicada ao sistema de leis elaborado para regular a devida maneira de celebrar as ordenanças divinas. Em relação a este parecer, as igrejas protestantes não estão todas de acordo. A Igreja da Inglaterra ensina que a igreja tem poder para decretar ritos ou cerimônias, provendo apenas aqueles que não são contrários à Palavra de Deus (39 Artigos da Religião, XX).[8] Mais particularmente, declara que cada igreja nacional ou particular tem autoridade para ordenar, mudar e abolir da igreja as cerimônias e ritos ordenados pela autoridade humana, de modo que todas as coisas sejam feitas para a edificação (ibid., XXXIV).[9] Essas alegações, embora talvez sejam passíveis de um sentido mais sadio (como na Confissão Escocesa, artigo 20), são comumente e corretamente entendidos, sem dúvida, como significando que a igreja, para prover uma devida celebração das ordenanças cristãs, pode anexar ritos ou cerimônias não prescritas nas Escrituras, e ordenar que sejam observadas por motivo de consciência. Isso é muito bem ilustrado na prática da Igreja Anglicana ao administrar os sacramentos. O Livro de Serviço Anglicano ordena que, no batismo, deve haver não apenas uma lavagem com água, conforme prescrita nas Escrituras, mas também o sinal da cruz, do qual a Bíblia nada diz. De modo semelhante, é ordenado que cada um que tomar a Santa Ceia deve fazer isso reverentemente ajoelhado. Em tudo isso, conforme é sustentado, a igreja não ordena nenhuma nova ordenança, mas apenas cria ordens[10] para a legítima celebração das ordenanças instituídas por Cristo. Tal é a doutrina e prática comum às Igrejas Luteranas e Anglicanas. Por outro lado, as Igrejas Reformadas, especialmente as de tradição puritana, sustentam que anexar ritos de criação humana às ordenanças divinas, assim como recusar as ordenanças do Senhor, exceto para aqueles que observam os ritos da igreja, não é apenas uma violação da liberdade cristã, mas envolve o mesmo tipo de deslealdade à Cristo quando novas ordenanças são instituídas. Tomando o seu posicionamento sobre o segundo mandamento e passagens semelhantes, essas igrejas ensinam que Deus deixou a consciência livre, não apenas dos mandamentos de homens contrários às Escrituras, mas também daqueles, em matéria de culto, que são postos ao lado da Sua Palavra.


3. Assim como os outros sãos princípios, este grande artigo bíblico das confissões reformadas e puritanas devem ser aplicadas com prudência. O culto público tem muito em comum com outras ações realizadas em reuniões. A luz da natureza, a prudência cristã e o senso comum santificado são os guias ordinários do homem nas ações da vida comum; e uma sala também é reservada para ações de cunho religioso. Deus não julgou necessário ou estabeleceu nas Escrituras direcionamentos em matéria de detalhes, em relação aos quais o bom senso e a intuição certa vão sugerir tudo o que é necessário. Nada poderia ser melhor do que a forma com que isso é estabelecido na última parte da passagem supracitada do primeiro capítulo da confissão de fé.


A julgar pelos termos nos quais o princípio puritano é às vezes descrito, talvez alguém imagine que equivale a isto: que nada a ser feito no culto a Deus ou no governo da igreja é legítimo, a menos que seja expressamente comandado nas Escrituras; resumidamente, deve haver um capítulo e um versículo para tudo. Mas nenhum defensor inteligente deste princípio vai admitir que isso cala a nossa boca e deixe evidente que esta posição é inconsistente com o senso comum. Não há um comando expresso para ler a Bíblia como parte do culto. Tendo Deus nos dado uma revelação escrita da Sua vontade – muito disso formalmente endereçada às próprias igrejas –, um comando expresso de que essa revelação deve ser lida nas igrejas foi completamente desnecessário. Os fatos são recordados e os palpites são rejeitados, o que sugere que os fieis devem, em suas assembleias, ouvir Moisés e os profetas, os evangelistas e os apóstolos; e tão claro que é este caso, que nenhuma garantia expressa é requisitada.


Há poucas coisas mais notáveis na Palavra de Deus do que grau em que ela se abstém de estabelecer regulações detalhadas em relação ao modo de celebrar as ordenanças divinas. As ordenanças são suficientemente ordenadas de forma clara, mas em relação às circunstâncias externas, que devem ser dispostas[11] de uma forma ou outra quando são celebradas, há um silêncio quase total. Prescrições detalhadas, tais como aquelas que abundam nos livros de serviço e nos diretórios de culto, dificilmente são encontradas em toda a Escritura. Ainda sob o Antigo Testamento, a regulação estrita[12] de detalhes externos foi limitada ao ritual levítico; o culto espiritual ao Senhor nunca esteve preso a estas algemas. É digno de nota que no Novo Testamento os únicos exemplos de prescrições detalhadas ocorrem nos casos do Batismo e da Santa Ceia, os dois rituais da igreja do Evangelho. Por razões não difíceis de explicar, os seus modos de celebração têm sido minuciosamente prescritos. A forma cuidadosa ao descrever as ações do Senhor Jesus na primeira instituição da Ceia em 1° Coríntios 11.23-25 mostra que é a vontade de Deus que, ao observar a ordenança, nos conformemos acuradamente com o modo da celebração original. Com essa exceção parcial, a igreja do Evangelho é deixada à luz da natureza e à prudência cristã em relação àqueles inumeráveis pontos de detalhes, que devem ser dispostos[13] de uma forma ou outra, por mútuo consenso, para assegurar que todas as coisas devem ser feitas com decência e ordem.


Os princípios estabelecidos acima podem ser ilustrados por meio dos ensinamentos das Escrituras em relação à oração pública. A garantia divina para esta ordenança é clara. A casa do Senhor deve ser uma casa de oração. Além disso, a regra geral da Palavra, a qual ordena que Deus deve ser louvado em espírito e em verdade, é especialmente aplicável a essa ordenança, e deve ser cuidadosamente mantida em vista em todos os aspectos[14] referentes a ela. Mas questões podem ser levantadas aqui: quantas vezes a oração deve ser oferecida em uma ocasião de culto? Qual deve ser o tamanho da oração? Toda a congregação deve orar em voz alta? Ou é melhor que apenas uma pessoa lidere a oração e o resto a siga orando apenas com o coração? Qual a postura em que a oração deve ser oferecida: ajoelhado, sentado ou de pé? Em que ordem os tópicos de oração devem ser introduzidos? Nenhum desses pontos é completamente irrelevante. A maioria deles é de tal tipo que devem ser dispostos[15] de uma forma ou outra, ou se seguirá uma confusão inconveniente. Mas as Escrituras não estabeleceram uma regra para nenhuma delas. O único exemplo em que uma regra rigorosa é estabelecida em relação a uma circunstância externa de oração ocorre em Mateus 6.6. De acordo com esta regra, Cristo aqui estabelece que uma oração pública deve sempre ser uma oração congregacional.[16] A oração privada deve ser oferecida apenas em secreto. Em relação a todas as outras circunstâncias de ordem externa, a ação da igreja a respeito da oração pública é deixada livre de regras rígidas. Sugestões válidas podem ser adicionadas dos exemplos aprovados das Escrituras, mas regras rigorosas não devem ser encontradas.


Essa observação deve ser estendida a todas as ordenanças não ritualísticas: pregação, adoração, entre outros. Em relação a todos estes, há a mesma ausência notável de prescrição minuciosa. A razão não é difícil de descobrir. A Bíblia é o estatuto da igreja universal. As ordenanças instituídas nela devem ser celebradas em todos os países, entre todas as variedades de pessoas, em todos os climas e em todas as estações. Um cuidado deve ser tomado aqui para não dificultar a igreja com regulações que, embora sejam adequadas em algumas situações, seriam inadequadas em outras. E a igreja deve, de maneira semelhante, se abster de uma legislação rigorosa. Regulações de algum tipo, variadas conforme as circunstâncias de cada localidade, são necessárias, a fim de evitar uma confusão inconveniente; mas tais devem ser elaboradas e emitidas como um simples estatuto local, disposições[17] consensuais, para fins de conveniência, mas que devem ser entendidas como passíveis de livre alteração, por consenso mútuo, quando cessarem de serem convenientes, por causa da mudança das circunstâncias. Quanto às Leis, em um sentido apropriado e estrito, a igreja não tem direito de elaborar. As ordenanças instituídas por Cristo e as diretrizes entregues por Ele a respeito do modo da celebração são as únicas que devem ter força de lei na casa de Cristo.


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Texto original em inglês: https://archive.org/details/thechurch00binnuoft/page/52/mode/2up?view=theater Acesso em 6/12/2022.


Extraído da seção I do capítulo IV da série Hand-Books for Christian Classes and Private Students.


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NOTAS DE RODAPÉ


[1]  N.T. No original: fitted.


[2] N.T. Ou seja, uma garantia que autoriza ou permite que determinada ordenança religiosa deva ser cumprida.


[3] N.T. No original: circumstances.


[4]  N.T. No original: Romish Mass.


[5] N.T. No original: primitive.


[6] N.T. No original: other things being equal.


[7] N.T. No original: concerned.


[8]  N.T. “A Igreja tem poder de decretar Ritos ou Cerimônias, e autoridade nas controvérsias da Fé, todavia não é lícito à Igreja ordenar coisa alguma contrária à Palavra de Deus escrita, nem expor um lugar da Escritura de modo que repugne a outro. Portanto, se bem que a Igreja seja testemunha e guarda da Escritura Sagrada, todavia, assim como não é lícito decretar coisa alguma contra ela, também não se deve obrigar a que seja acreditada coisa alguma, que nela não se encontra, como necessária para a salvação.”


[9] N.T. “Não é necessário que as tradições e Cerimônias sejam em toda parte as mesmas, ou totalmente semelhantes; porque em todos os tempos têm sido diversas, e podem ser alteradas segundo as diversidades dos países, tempo e costumes dos homens, contanto que nada se estabeleça contrário à Palavra de Deus. Todo aquele que por seu particular juízo, com ânimo voluntário e deliberado, quebrar manifestamente as Tradições e Cerimônias da Igreja, que não são contrárias à Palavra de Deus, e se acham estabelecidas e aprovadas pela autoridade comum, (para que outros temam fazer o mesmo), deve ser publicamente repreendido, como quem ofende a ordem comum da Igreja, fere a autoridade do Magistrado, e vulnera as consciência dos irmãos débeis.


Toda a Igreja particular ou nacional tem autoridade, para ordenar, mudar e abolir as Cerimônias ou Ritos da Igreja, instituídos unicamente pela autoridade humana, contanto que tudo se faça para edificação.”


[10] N.T. No original: takes order.


[11] N.T. No original: arranged.


[12] N.T. No original: anxious.


[13] N.T. No original: arranged.


[14] N.T. No original: arrangements.


[15] N.T. No original: arranged.


[16] N.T. No original: common prayer.

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